terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Jarrah Thompson Band

No Bar do Zé, em Campinas.

Em maio de de 2011, fiquei sabendo que uma banda gringa ia tocar em Campinas, Barão Geraldo. Não conhecia nada deles, mas arrisquei e fui. Fiquei pasma: '- Como uma banda TÃO BOA pode ser desconhecida ainda pelo público???'

Jarrah Thompson é uma banda australiana (com exceção do baixista, que é brasileiro). Acho um pouco difícil definir o som da banda... é ROCK, mas sai do 'pretinho básico'. É meio folk, meio psicodélico, tem pitada de blues no meio, enfim, misturando tudo resulta num som de qualidade, alto-astral, empolgante! 

E porque estou falando deles? Porque eles estão fazendo turnê pelo Brasil novamente! Os shows por aqui começaram no sul, em Santa Catarina, passaram pelo Paraná, e nesta semana chegam ao interior de São Paulo. Yeah! 

01/03 - São José do Rio Preto
02/03 - Limeira
03/03 - Campinas
04/03 - Ribeirão Preto
11/03 - Rio Claro
14/03 - São Carlos
15/03 - Bauru
17/03 - Bragança Paulista

Lembrando que, passarão também por Minas Gerais e Rio de Janeiro, então, para quem quiser ir, aqui está a agenda da banda. 

Ia anexar os vídeos das músicas, mas o Youtube não está nos seus melhores dias e não 'reconheceu' vídeo algum. Damn it! Então, vou deixar os links aqui embaixo. Torço para que cliquem, porque a banda é bacana mesmo, vale a pena. ;)

Brazil Tour 2012http://bit.ly/A5Wdo3
Coz I Got Youhttp://bit.ly/AqrYUw
Let Go Of Who We Arehttp://bit.ly/ywBgx0
Jarrah Thompson no Programa do Jôhttp://bit.ly/xJUQxQ


Pra quem for e quiser trocar uma ideia com os caras, vai fundo! No ano passado, pelo menos, foram super simpáticos. Acredito eu que não mudaram em nada. Conversam numa boa, sem chilique, sem 'nhenhenhe'.

Vejo vocês por lá? Eu não irei perder!!! Até!



* A foto acima foi uma das que que tirei no show do ano passado. Não está nota 10, porque tava difícil não pegar a cabeça de alguém na frente, devido o meu tamanho. =P

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Já beijei 1, já beijei 2, já beijei 3! Hoje eu já beijei, vou beijar mais uma vez!"

Cláudia: Em tempos de fofoca online, é quase impossível ficar por fora das novidades, mesmo não conhecendo ou acompanhando tal programa, a fofoca chega até você. Porque escrevi tudo isso? Explico: Hoje entro no twitter e vejo a seguinte frase “@FilhoDoOCriador Pq a mulherada tá chamando a Renata de galinha? Sabe qual a diferença do que ela faz pra vc´s? A diferença é que ela tá sendo filmada.”


Fui investigar porque a Renata do BBB estava sendo chamada de galinha. Ela ficou com 3 carinhas diferentes dentro da casa, lembrando não foram os 3 juntos, foi um de cada vez. Pronto bastou isso para ela ser rotulada de galinha. Durante minha pesquisa sobre o porque da Renata ser galinha, descobri que o Jonas ficou com duas dentro da casa, e NINGUÉM chamou ele de putão. Por quê?????? Não entendi a diferença. Alguém sabe me explicar?

Mica: Poxa... pensei que tinha rolado com os 3 ao mesmo tempo, até ia voltar a assistir BBB... Agora ser chamada de galinha porque pegou 3!? Quantos caras tem lá dentro? Quanto tempo de confinamento? Acho que dá pra pontuar mais isso aí heim!

Cláudia: Pois é, também devemos levar em conta o agravante dela ter dito em rede nacional, que não aguentaria ficar muito tempo sem sexo. Mulher que assume que gosta de sexo, que faz sexo sempre terá esse rótulo de galinha, biscate e por ai vai. Mulher não pode ter vontade, muito menos atitude. 

Mica: Tadinha Clau... ela acreditou na ideia de que “você tem que ser você mesmo”... desde quando as pessoas querem tanta sinceridade assim? Só se for pra usar as suas palavras contra você, baby! Mas como eu não estou no BBB vou contar uma coisa pra vocês: eu gosto de sexo, me julguem! Aliás, até suas mães gostam e fazem sexo!

Cláudia: Não mica, minha mãe não faz essas coisas não. Eu nasci da cegonha, me desculpe mas eu detesto pensar que minha mãe faz essas coisinhas. 

Mica: É chocante né!? Mas é mais chocante as pessoas serem tão cruéis com os outros quando o assunto é sexo. Eu acho que o mundo ou careteou muito, ou aprendeu mais a hipocrisia do que a liberdade. Quem nunca brincou de competir quem beija mais na balada que atire a primeira pedra! 

Cláudia: Acho que ser hipócrita está na moda, deve ser a tendência do novo milênio. Pessoas que vão em baladas, beijam sei lá quantos e depois na luz do dia são politicamente corretos e caretas. Acabei de ver uma pessoa comentando aqui no facebook, ‘A Renatinha do BBB já pode pedir música no fantástico’, os comentários que vem na sequência nem vou comentar, pois não me agradaram. 


Mica: Isso me fez lembrar aquela lenda de garota que para manter a virgindade, o hímen no caso, dá o cu. Pra mim isso é a bandeira que esses julgadores de uma garota que pegou 3 caras levantam - dizem uma coisa e fazem outra. É melhor dar o cu pra ficar fingindo uma virgindade para o futuro marido, do que assumir o que é e o que gosta. 

Cláudia: Olha eu tenho sérios problemas com julgamento. É uma coisa que me tira do eixo, de verdade. Quando pego alguém querendo dar lição de moral, seja qual for o assunto eu penso, ‘ essa pessoa deve ser muito foda, pra estar avaliando se a pessoa está certa ou errada’. A boca é dela a piriquita é dela, logo ela pode dar pra quem quiser, cada um sabe da sua vida. Se cada qual cuidasse mais do seu nariz, o mundo seria muito melhor. É como diz o ditado: “Quem não tem teto de vidro, que atire a primeira pedra”.

Mica: Sabe, eu desisti das pessoas que são assim. Julgar-me sempre vão, que julguem. Mas guarde para você, porque eu não preciso de sua ajuda em nada. Quando quero ajuda procuro quem me ama. O que você pensa de mim, é o que VOCÊ pensa de mim. Se não gosta, não olha. Se gosta, puxa a cadeira e pede um copo. Eu excluo da vida pessoas que têm a mente tão pequena. Se é alguém que gosto, dou umas 3 chances. Se acabei de conhecer, excluo na hora. Não me faz falta nenhuma. Mas tem algo nisso tudo que me irrita Clau, o fato de que se fosse um cara, ele ia ser considerado pegador, defendido pelos homens e desejado pelas mulheres...

Cláudia: É …. Saímos de uma sociedade machista, mas o machismo ainda não saiu de dentro de nós.

Mica: Atenção mulherada: se chamaram a Renata de galinha, envergonhem-se! É isso que dizem de vocês quando vão embora da balada. Não caiam nessa, só quem perde somos nós, eles continuam rindo da piada e comendo todas.

Pegou duas, saiu assim na revista e tá tudo bem! 
Cláudia: Quer saber de uma coisa? Vocês estão morrendo de inveja, ela mesmo trancada dentro de uma casa pegou 3, e vocês ai não estão pegando nem gripe. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

5º Episódio - A Cabeleireira e a Escola


Toda mulher tem alguma história relacionada à cabeleireiro pra contar. E comigo, começou cedo...

Eu tinha 12 anos, meu cabelo era liso escorrido e não crescia muito. Resultado: meus cortes se resumiam ao 'chanel clássico'. Eu não aguentava mais. Queria algo diferente!! Ok. Folheando uma revista em casa, vi um cabelo lindo! O corte dava à modelo um ar rebelde! Daí coloquei na cabeça que era AQUELE.
Minha mãe sempre cortava o cabelo dela num tal salão e daí fomos juntas. Eu estava toda empolgada, seria uma mudança radical! Chegou minha hora de cortar, mostrei pra cabeleireira a revista e falei '- Olha, eu quero igual'.  Eis que a mulher corta daqui, corta de lá... e eu só olhando, tensa, trêmula... a minha cara já estava mudando...

Daí do nada a mulher para e fala '- Pronto! E aí, gostou? hehe'. Eu não acreditava no que eu estava vendo. Ela tinha feito uma franjinha e cortado o cabelo na altura do queixo, ou seja, CHANEL!!! Fiquei revoltada!!! Não consegui disfarçar e respondi de imediato '- NÃO, não gostei'. A mulher ficou desconcertada... Fiquei tão nervosa que não parava de falar pra ela '- Olha a revista, meu cabelo tá totalmente diferente do corte, não era isso, bla bla bla'. Eu só lembro que a mulher queria me convencer de todo jeito de que a diferença era o lado para o qual a modelo tinha penteado o cabelo [olha a desculpa esfarrapada]. Cansei, levantei da cadeira e falei pra minha mãe que ia embora.


Saí pisando duro e dos olhos foram escorrendo lágrimas. Eu tinha odiado MUITO tudo aquilo. E minha mãe atrás falando '- Você me mata de vergonha! Nunca mais vou conseguir voltar lá!'. E eu tentando engolir o choro, simplesmente não me conformava...

Mas o trauma não acaba aqui.

Fui para a escola, e do nada surge uma menina louca falando que eu tinha copiado o corte dela! Eu me esqueci que semanas antes ela havia cortado o cabelo. Pronto, ainda mais essa! Eu tentando explicar que a cabeleireira tinha cortado errado, mas quem ia acreditar?
Essa garota tinha duas vezes o meu tamanho, era briguenta, vivia tomando suspensão, era a garota-problema. E eu era a garota-bocó, que ainda engolia desaforo pra não piorar a situação. [O acontecimento com a cabeleireira foi uma exceção, tá]. Enfim, essa menina ainda completou dizendo que ia me pegar na rua.


Tempos difíceis... Eu passei aquele ano inteiro com medo de apanhar na rua e torcendo para o meu cabelo crescer o mais rápido possível.  No final das contas, a menina não me bateu. Mas fez da minha vida um inferno. A sorte só veio quando no ano seguinte ela mudou de escola.

Isso tudo realmente aconteceu... E daí vocês percebem que, nem tudo na infância é festa e 'ilari ilari-e o-o-o'.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

MSMJ FM: Paula Lima

Carnaval é igual o Lula: quem gosta AMA, quem não gosta ODEIA! Eu estou no segundo bloco. Já pulei carnaval bom, em baile cheio de marchinhas, mas isso não existe mais e o que existe me faz preferir cama, TV, net e amigos, como em qualquer outro dia de folga. No entanto, isso não significa que eu odeie samba, cresci ouvindo samba e alguns me conquistam, como a Paula Lima que faz um samba soul delicioso e super feminino.

Desde que começou na música, Paula fez várias coisas até se juntar ao Funk Como Le Gusta, que foi quando a conheci. 

Em 2001 gravou seu primeiro CD solo, o "É isso aí" e bombou, ganhando muitos prêmios. Fez inúmeras parcerias, de DJ Hum à banda japonesa "Mondo Grosso". 

A minha preferida é "Eu já notei", que até usei como bio no facebook, é uma daquelas músicas que eu penso "eu queria ter escrito isso!". 


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Procura-se: AMOR


Telefone para contato (16) 8x0x-xxx5

A pergunta que eu mais ouço:
'E o namorado?'
Eu respondo: 'Não tenho namorado.'
'Como não tem namorado?'
A cara já muda e respondo.' Não tenho, simples assim.'
'Ahh, você não tem porque não quer, fica escolhendo demais. Bonita desse jeito, deve ter muitos homens atrás.'

Nessa hora eu faço aquela cara de boneca na caixa e respondo 'Quem me dera que fosse assim...'
Até meia tem um par e você ai sozinha


Por onde anda essa facilidade em achar um namorado, que as pessoas afirmam existir? Cadê saporra de amor, que todo mundo fala???? Cadê??? Isso deve existir só lá no mundo de Nárnia, só pode.
E não me venham com respostas clichês:  'Tenha paciência', 'Tudo acontece no seu momento certo', 'Tenha calma o que é seu está guardado'. Quando escuto essas coisas eu logo penso 'Pronto, me lasquei, guardaram o meu amor tão bem guardado que agora ninguém lembra onde'.
A situação vai ficando cada dia mais desesperadora, quando convites de casamento dos seus primos mais novos, amigos de infância e faculdade, começam a chegar. Não me entendam mal, não é inveja, é desespero mesmo. Você vê as pessoas casando, tendo filhos e você lá, sem o menor sinal de envolvimento, praticamente uma samambaia.
Nem me lembro da última vez que um homem me disse 'Eu te amo'. Flores então??? MIMIMIMI
E você aí, que está lendo pensa: 'Eu não me importo com isso, tenho outros projetos em mente'. Tudo bem, você pode até ter outros projetos em mente, mas dizer que não se importa é mentira. Todo mundo quer ter alguém em um domingo à noite, num dia frio, dormir de conchinha e ouvir um 'eu te amo'.
Cupido FDP, não acerta uma.
Por esses motivos, frequentar festas de família e afins, tornou-se um tipo de tortura emocional. Quando surge algum convite para estes eventos, sempre penso em recorrer as páginas amarelas, mas especificamente na letra N de "namorado de aluguel".
É galera a vida não está fácil pra ninguém. Por isso, aqui vai meu humilde conselho: Pra quem já achou a azeitona da empada, conserve bem, mantenha sempre aquecido e em ambiente agradável, porque o mundo aqui fora é cruel.



Beijos para a turma do F.A.A - FOVERER ALONE ANÔNIMOS.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pra esse eu tiro a saia: Dominic Monaghan


Aposto que muita gente olhou a foto e pensou: heim!? Entendo e explico: existem caras assim, feinhos, cheios de defeitos, que têm um "não sei o quê" que os torna apaixonantes! Dominic é um desses pra mim. Ele não é lindo, mas dá uma vontade de abraçar! 
Confesso que a minha paixão começou com o trabalho dele em Lost, como Charlie. Pensa numa pessoa que chorou de soluçar com o desfecho que sua personagem recebeu! Pra minha alegria, ele logo reapareceu no clip do Eminem e no X-men Origens: Wolverine.


Dominic tem orelhas de abano, nariz de porquinho, é comum, parece um cara que a gente vê no ponto de ônibus indo trampar. Tem um estilo que melhora em muito esses detalhes. Um sorriso de criança e o principal, parece gente boa. O melhor é que dizem que não só parece, dizem que é adorado no meio porque é mesmo muito gente boa. Adoro a tatuagem dele com a frase dos Beatles "a vida é fácil, com os olhos fechados". 
E quer saber!? Não sou a única a cair de amores pelo feinho, Evangeline Lilly, a mocinha de Lost, aquela que pegava o Sawyer e o Jack e fazia a audiência masculina babar, não resistiu ao encanto misterioso de Dominic e se jogou no namoro. Espertinha! 
Dominic vem cá, vem! Eu cuido de você!  

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Entrevista do mês - Pedro Leme

Pensamos em fazer uma pequena introdução sobre o entrevistado deste mês, mas sua apresentação foi tão surpreendente, que fomos pegas de surpresa e ficamos sem palavras. Foi nesse clima de descontração que mandamos nosso convidado para o paredão e o metralhamos de perguntas.

Pedro: Olá meninas! Estou com medo de vocês!

Cláudia: Não fique Pedro, somos boazinhas. Quem é o Pedro Leme? Conta para a gente.

Pedro: Como sou um leitor assíduo deste blog, já escrevi essa resposta com antecedência! Me chamo Pedro, tenho 24 anos e sou de São Roque. Como todo típico libriano, sou muito indeciso e naturalmente metido a besta. Trabalho como contador de histórias em uma escola de ensino fundamental de São Roque e atualmente curso Biologia. Já fiz aulas de teatro em São Paulo. Não exerço. Sou técnico em informática. Não exerço. Sou técnico em eletroeletrônica. Não exerço. Já fui vegetariano. Não exerço. Sempre estive rodeado de mulheres, e talvez por isso eu seja uma espécie de psicólogo das minhas amigas. Sou o mais feminista dos homens. Prefiro cachoeira à praia. Prefiro cidade ao campo. Prefiro sorvete de pistache à chocolate. Sou uma vergonha financeira e a preguiça personificada. Fiz meu outing há um ano e sou muito feliz assim. Me julguem!

Kelly: haehuaehuahuehuahuehuehua não acredito nisso! adorei!

Cláudia: huahauhauhauahua. Gente, que graça esse menino. Você gasta demais né? Percebo todo mês pelas postagens no Facebook.

Pedro: Minha fatura chegou sexta e amanhã vou fazer compras. Uma corda para me enforcar! hahahahaha!

Mica: Explique para os leigos: o que é fazer o outing?

Pedro: Fazer outing? Hum... É sair do armário, bebê! =D

Cláudia: E como foi esse processo? Fácil, difícil? Conta pra tia.

Pedro: Tô vendo que esse papo tá ficando sério. Bom, para começar esse processo não se dá do dia para a noite. Levei anos em busca da auto aceitação. Sofri demais na minha adolescência. E só há um ano tive coragem para me abrir com os meus pais.

Mica: O que te levou a criar forças para enfrentar esta luta?

Pedro: Bom Mica, estava na época na auge da badalação. Ia para São Paulo num dia, voltava dois dias depois. Feliz da vida! Tenho muitos amigos em SP. Ótimos amigos. Conheci vários lugares e pessoas interessantes. Mas não podia dividir isso com a minha família. Foi quando depois de um desses finais de semana na gandaia, minha mãe me encostou na parede e de deu uma chave de braço. Não tive como fugir. Foi tudo ou nada. Nos dias que se seguiram foi bem estranho. Mas hoje em dia, lembro e acho graça.


Cláudia: O teatro te ajudou, nesse processo?

Pedro: Sabe Claudinha, tenho a mais absoluta certeza que o teatro foi a coisa que mais me ajudou nesse processo. A possibilidade de viver outras vidas, faz com que você conheça melhor a sua própria. Fora toda a atmosfera do teatro. Meus amigos do teatro foram muito importantes nisso.

Kelly: Pedro, você sempre soube que gostava e se sentia atraído por alguém do mesmo sexo, ou foi algo que, 'BUM', você conheceu alguém que passou a te despertar este tipo de sentimento? Como foi?

Pedro: Eu sempre soube! Na infância isso soava meio estranho e por isso ficava quieto. Na adolescência surgiram as dúvidas e a negação. Só Deus sabe o quanto eu tentei ser “normal”... Passei por cada situação! Hahahaha... Mas hoje me sinto em paz. Sei que isso é o melhor para mim.

Kelly: Tem alguma situação que você possa contar?

Pedro: Primeiro beijo... Primeira transa... Você tem noção do quanto pode ser traumatizante para um gay se deparar com uma xana? Hahahahahaha!!! Fazer o quê com aquilo? Alguém explica? Hahahahahhaa!

Cláudia: Você sofre muito preconceito?

Pedro: Sofria mais preconceito antes de sair do armário. Minha adolescência foi bombardiada. Dinamitada, por coleguinhas de escola e tudo mais... Hoje em dia não percebo tanto isso. Acho que a auto afirmação tem esse poder. As pessoas não “tiram farinha”. =)

Mica: Pedro, no seu trabalho também é tranquilo? Como é a relação no ambiente escolar, que ainda é muito... digamos, tradicional?

Pedro: A escola onde trabalho é a mais tradicional da cidade. Tem 115 anos! Mas levo tudo com muita tranquilidade. No meu trabalho apenas algumas amigas minhas sabem da minha condição. Os pais e as crianças não. Mas acho que, de verdade, isso nem tem importância. Levo meu trabalho a sério e não misturo as coisas. Sou muito comprometido com a educação dos meus pequenos e não quero transferir isso. Sou super discreto, juro! Ninguém nota nada!


Kelly: Como é conviver com crianças e contar histórias e tudo o mais? Eu imagino que seja um grande barato, porque eu sou apaixonada pela ingenuidade delas.

Pedro: Eu sou apaixonado pelo meu trabalho e pelos meus alunos. Eles são um barato! Morro de rir com as coisas que acontecem na escola. Contar histórias também é muito legal. Quando comecei, pensei “As crianças nem gostam mais disso! Vão me deixar por bosta e sair andando”.. Mas eles gostam! Mexer com a imaginação de uma pessoa é incrível! Me sinto o Paul Rudd, em “A razão do meu afeto”. Já assistiram? É massa!

Mica: Eu já! É demais mesmo.

Cláudia: E quanto ao Teatro? Abandonou? Não terei um amigo famoso?

Pedro: Então, em 2010 fui aprovado em uma faculdade pública para um curso que eu sempre quis... Não podia deixar essa chance passar. Como o ritmo do meu curso é muito intenso, não pude continuar com o teatro, que também exige muito do ator. Mas pretendo voltar. Com toda a certeza do universo! Tenho uma prima que diz que eu irei apresentar um programa de bichos para crianças e contar histórias... Tipo aquele Zobomafoo Demoníaco! Hahahahaha!

Mica: E o futuro? Tem planos? Já está escrevendo o roteiro do seu programa?

Pedro: Tenho certeza absoluta que meu futuro está na área de Educação. Não sei fazer outra coisa. E modéstia a parte, faço bem. Tenho três livros infantis escritos, que não tenho coragem de mostrar para ninguém. Quero conhecer o mundo. Quero ficar rico. Quero fazer badalo no Cristo Redentor! Hahahahahahahaha!!



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Contos da TPM

Fatos têm sido relatados aqui no MSMJ sobre esse mal que ataca quase todas as mulheres: a TPM. Somos 3 mulheres e as três aqui sofrem com isso. Não sei se isso é bom ou ruim. Por um lado é bom, porque fica fácil uma entender à outra quando se está nestes dias. O lado ruim é que TPM é um treco chato pra caramba, que torna qualquer mulher um pé no saco e insurportável! 

Há relatos de que existem mulheres que não passam por isso. E pensei que fossem sei lá, apenas 10% da população. Mas segundo uma pesquisa, na verdade são 40%. COMO ASSIM??? 
Eu nunca tive uma única amiga sequer que não sofresse disso. Então, se supostamente, quase metade das mulheres não têm, pela lógica, não era pra ser mais fácil encontrar seres deste 'grupo de bem com a vida' por aí? Tá estranho...

Agora voltando ao mundinho das que não foram agraciadas pela isenção dessa porra do inferno, noto também que houve uma certa 'glamourização' da dita-cuja de uns anos pra cá. Como se fosse sinônimo de status, tamanho é o sorriso com que falam 'Ai, eu tô de TPM, hihihi'. WHAT THE HELL??? Assumo que isso me irrita muito, e não tem a ver com o fato de estar atacada pela TPM hoje, tá.

Falando sobre isso mesmo, há mulheres que são chatas por natureza e botam a culpa na TPM pra tudo. Parece até que tem isso o mês inteiro. Balela. Deve ser porque é chata mesmo.

É, tô falando dele mesmo.
Eu assumo, tenho as minhas chatices que cultivo com muito carinho. O problema é que em dias de tensão-blablabla essas chatices se acentuam e minha falta de paciência também. Como a Claudinha costuma dizer 'Tudo vira ÃO'. Há mulheres que têm crises de choro, ficam sensíveis a tudo. E há outras que são possuídas por algum espírito from hell e que ficam muito parecidas com o Predador. Eu me encaixo neste último grupo aí. E não, eu não me orgulho disso.
              ....

Homens e a TPM nossa de cada mês

Falei mal de nós mulheres e com isso, é capaz de ter algum homem lendo e achando o máximo, com pensamentos do tipo "a-Rá, estão vendo como nós homens sofremos com vocês? kkkkkkk". Minha resposta: ¬¬

A gente não tem culpa de ter isso aqui todo mês, certo? Por mais que sites receitem chás e não sei mais o quê pra aliviar os sintomas, a minha TPM no caso deve ser muito 'da bruta', porque nunca fizeram efeito. E  tampouco os medicamentos. 
'Desespero de quem aguenta [vocês] x Sofrimento de quem tem [nós]', me arrisco a dizer que contudo, sobretudo e todavia, saímos muito mais prejudicadas. Vocês acham que é mole ir chorar no banheiro do trabalho, quando o chefe fala mais grosso?! Pensam que é fácil termos que controlar a nossa vontade absurda de socar as pessoas que ficam nos irritando e fazer de tudo para parecer uma pessoa normal?! Não imaginam o trabalho que dá para não perdermos o trabalho, não criar uma guerra na família e manter um relacionamento amoroso nestes dias! Não, não é fácil.

Então, homens, favor cooperar conosco. Recomendações:

- TPM não tem graça. Então, fazer piada pra ver se nosso humor melhora, só piora as coisas, tá? 
- Caso a mulher ao seu lado esteja chorando mais do que a Maria do Bairro, apenas a escute, já está bom.
- Agora, se ela está no ponto de dar 'aulas para o Predador', não tente enfrentar. Sério. Pelo bem da amizade, namoro, casamento, ou sei lá o que. Mas não queira bater-boca. Porque as chances de você sair ferido são muitas.

Se você homem, faz a linha 'ignorante e estúpido' e taí, querendo bater no peito e dizer '- Cada um com seus problemas, não quero ter que conviver com isso', há uma solução: comece a beijar rapazes. Pronto. Caso resolvido. Caso contrário, nos aguente e bem-feito. Eu acho é pouco pra vocês.

Bang, Bang, Bang!!!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cine MSMJ: Estamos juntos


O filme de Toni Venturi, foi lançado em 2011 depois de cerca de 7 anos entre a primeira ideia até o pré lançamento em junho, aqui no meu vilarejo, já que assim como muitos dos filmes nacionais atuais, teve financiamento do Pólo Cinematográfico de Paulínia.
A trama envolve os planos e anseios de uma médica residente que vem para São Paulo atrás de sua carreira e de liberdade, mas se depara com diversas outras formas de viver que a cidade oferece, juntamente com a descoberta de que está doente. Recheado de reflexões das personagens sobre a vida e sobre a cidade, e de relações intensas entre as personagens, o filme é capaz de mexer com as emoções e as dúvidas de qualquer um. 


Leandra Leal no papel da médica Carmem está impecável, apresentando o turbilhão em que sua personagem se envolve de forma realista. Show a parte é a interpretação de Cauã Raymond como o melhor amigo de Carmem, que também vem para a metrópole atrás de liberdade e do amor. 
Pensei em colocar o trailer aqui para vocês, mas neste ponto a produção pecou e contou quase que tudo do filme. Como detesto trailer que estraga os pequenos prazeres do filme, fiquemos com um vídeo em que  Leandra fala sobre sua personagem e sobre o filme.